Imagens que se abrem, vazios que nos olham:
dos incômodos da arte contemporânea
Revista Ide - Sociedade Brasileira de Psicanálise - Nº 67/68 - v.41. 2019
Resumo
Não apenas a questões temporais limita-se a passagem da arte moderna para a contemporânea. Falar desse processo significa falar sobre um novo modo de se produzir e pensar arte. Modo esse que pode explicitar a complexidade inerente a qualquer ato de olhar, que pode explicitar os vazios não-evidentes inerentes a qualquer imagem. E se vazios e lacunas alimentam os incômodos que geralmente se abrem no sujeito ao olhar para esse tipo de arte, apenas os que encararem verdadeiramente esses incômodos, aceitando os riscos de perder a unidade de um mundo fechado, poderão experimentar a possibilidade de imergir em um universo cujas formas, abertas a significados inesgotáveis, se apresentam para além de representações estáticas.
Palavras-chave: Fim da arte – arte contemporânea – psicanálise da arte – filosofia