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O que o MASP nos revela...

Picasso, Cézanne, Van Gogh, Monet, Tarsila, Portinari. Todos flutuam na leveza proporcionada pelos cavaletes de vidro, permitindo que diálogos sejam estabelecidos, agora não mais apenas por meio de imposições cronológicas ou espaciais. As obras estão sim dispostas de acordo com suas datas de produção, mas a disposição dos cavaletes permite que o visitante trace sua própria rota, circulando e perdendo-se por entre as obras, descobrindo, assim, as surpresas únicas reveladas a cada um que por este labirinto se aventura. As informações sobre as obras não são dadas de prontidão. E o visitante deve encarar isto com desconfiança. Nada ali é por acaso. E o que, inicialmente, geraria um certo desconforto, pode se tornar um convite a buscar respostas não fora, mas dentro de si próprio. O convite é desafiador. E quando (e apenas se) aceito, abrem-se possibilidades para novas relações, para novos sentidos. Adriano Pedrosa, atual diretor artístico do MASP, ao retomar a expografia criada por Lina Bo Bardi em 1968, nos presenteia com uma curadoria que verdadeiramente cumpre seu papel: instigar a pluralidade de sentidos através de um olhar provocador.

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